terça-feira, 17 de junho de 2008

Futuro das Novas Gerações


Se às novas gerações, crianças e jovens de agora, se diz estar o futuro do mundo, nunca será perda de tempo pensar em como elas se caracterizam, para assim estimarmos o mundo de amanhã, que a maioria de nós, que lê este artigo, já não verá, mas de qualquer forma, idealmente, nos deveria inquietar, por desejarmos que nossos rebentos vivam no melhor que o mundo e a sociedade pode dar.
Alunos que maltratam professores, meninas de 12 anos grávidas, rapazes de 14 anos a fumar tabaco, marijuana ou até mesmo já heroína, filhos que batem aos próprios pais, lhes levantam a voz, por vezes até usam um pouco de chantagem emocional para conseguirem o que querem (i.e., “ou me compras produto X ou me mato”) … e tantos outros casos, que todos conhecemos e lamentamos sempre que as nossas memórias se deixam flutuar para um passado em que havia respeito pelos pais, total obediência para com os professores, respeito pelos mais idosos (modelos de sabedoria), em que havia uma moral muito mais vincada que se reflectia tanto no modo de vestir, como na forma de falar, como nos comportamentos sexuais e outros e que, infelizmente, nos tempos que correm, parecem ter evaporado.
Haverá culpados? Perdoem se firo alguma susceptibilidade, mas há um culpado principal de todo este degredo social estar a acontecer – a educação, principalmente dos pais e, secundariamente, dos professores. Porque ao contrário do que se possa pensar, a educação, embora possa acontecer na escola, onde os alunos passam grande parte do seu tempo, isso não implica que os pais descurem do seu papel essencial de educadores de uma geração futura que, com certeza, todos queremos que seja o mais pacífica e harmoniosa possível. Na escola também se aprendem muitos valores sociais e os professores, de hoje em dia, têm que saber dar-se ao respeito, não usarem a forma de autoritarismo de “laissez faire”, pois estarão a prejudicar os alunos que leccionam, em primeiro plano, e seus filhos ou netos, em segundo plano. Pois que todos nós nos influenciamos uns aos outros, um acto de alguém repercute-se mais tarde noutro alguém, pode não ser no mesmo momento temporal, mas a médio/longo prazo ele chegará até nós. Por isso, não sejamos egoístas, pensemos que somos um todo, e não apenas um só, com actos puramente individuais, sem haver uma teia social onde tudo se circunscreve, o bom e o mal que fazemos.
Pais, reflictam nos seus comportamentos, quem impõe regras em casa? Vocês, como pais, ou serão já os vossos filhos que, usando das mais diversas estratégias, vos usam para ter aquilo que querem, porque nunca foram habituados a ter como resposta um “não”? Nenhum pai é capaz de dizer que erra na sua educação, nem quero que me interpretem mal no sentido de que se tratam de maus pais, apenas quero alertar para o que fazem e para o que deveriam talvez mudar para que os seus filhos se tornassem mais obedientes e orientados para o social, já estruturado, mas que poderá vir a sofrer grandes alterações negativas (se é que já não sofreu), com a sucessão de maus exemplos e erros cometidos pelos pais, aqueles que melhor poderão orientar um ser que não sabe nada do mundo e que com regras e condicionamentos, se poderá tornar um melhor cidadão, um melhor filho, um melhor marido ou uma melhor esposa, um melhor trabalhador, uma pessoa melhor, no sentido mais lato.
E saber bem educar o que é, afinal? Porque sei compreender que muitas vezes se peca por desconhecimento e aí não há qualquer culpa a colocar a ninguém. Educar é saber dirigir, impor regras, estabelecer horários, uma rotina diária, deixar bem claro quem “manda” e quem deverá ser “mandado”, saber dar gratificações nos momentos de sucesso, mas também lhes retirar regalias quando não cumpre os seus direitos como filho, como irmão, como aluno, como pessoa em sociedade. A punição não é a melhor solução, mas por vezes, há momentos que tem que ser usada, quando a criança extrapolou todas as barreiras do bom senso. De qualquer forma, deverá evitar-se. Doi mais retirar uma regalia durante uma semana ou quinze dias, do que propriamente levar uma “tapadinha” na cara. O importante é saber, enquanto pais, demonstrarmos que mesmo enquanto estamos a punir um filho nosso, o continuamos a amar e que por mais erros que cometa, são a felicidade das nossas vidas. Fazê-los ter amor próprio, dar-lhes oportunidades de mestria nas áreas que revelam ter mais talento, uma recompensa pelos sucessos, um beijinho, uma palavra meiga, muitos carinhos. Desde criança, o essencial é sempre ensiná-los aquilo que rege toda a nossa vida e pela qual nos devemos sempre guiar: o Amor! Amem os pais, os familiares de forma mais alargada, amem os amigos, amem a comunidade, a sociedade, o mundo e mais importante que tudo, que se amem a si mesmos como ponto principal e, quiçá, mais difícil de concretizar.

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