domingo, 17 de fevereiro de 2008

Gerações d'Amor










De um curioso mover,
Desvendar passado, alma genial
D’amor em peito meu viver,
Sangue em laços d’um ideal.

Procura, em braços envolver,
Renascer amor, em tempo estival,
Partilha em mútuo sofrer,
Gerações enlaçadas no irreal.

Nomes que de iguais se cruzem
Em semelhanças em tudo unidas,
Tão perfeitas almas reluzem
Em meu peito e me sigam fundidas.

Minha avó, teus olhos embelezem,
Sábias sabedorias duplicadas,
Minha esperança, tuas mãos rezem
Santas vidas, eternas esperanças guiadas.

16/02/2008

Para ti...









De meios diversos a chamada
De amizade em afinidade durável
Em anos tão forte unida
Crente suporte sempre renovável.

Aprazia constante na hora corrompida
Pelo mau afecto e destino inviolável
Constante palavra de conforto sugerida
Em teu abraço, ternura desejável.

Coração nu em alma amadurecida
Mantimento de bem-querer amável
Mesmo em tempos de azia enlouquecida
Sentimento de descontrolo negável.

Perdão em compreensão guiada
Pelo teu doce ser, jamais quebrável,
Minha vida em ti fundida
No eterno carinho, invejável.

16/02/2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Caracóis









Um diaa areia branca
Teus pés irão tocar
E vai molhar os seus cabelos
Na água azul do mar.
Janelas e portas vão-se abrir
P'ra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar.
Debaixo dos caracóis
Dos seus cabelos
Uma história p’ra contar
De um mundo tão distante.

Debaixo dos caracóis
Dos seus cabelos
O soluço e a vontade
De ficar mais um instante.

As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora.

Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar p'ra sua gente.
Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho.

Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso.
Carlos Jobim