sábado, 8 de setembro de 2007

Cruel









Triste, tristemente
Meu coração chora
Ilusão criaste
Quem cuidar desespera.

Maldição da sorte
Jamais desejada ser
Teu papel cumpriste
P’ra m’enlouquecer!

Enfim esquecida
Em todo fado penoso
Geme revoltada
No encanto rochoso.

Apaga em mim, memória
Todas as marcas
Que por anos inglória
Tão profundas chagas!

05/09/2007

Vida












Saborear doçura da luz,
Amanhecer apreciando maresia,
Sorrir ao beijo dos gladíolos,
Aspirar tom aves em melodia.

Também tormentos reluzem peito,
Ser precisa tortura na fortaleza,
Escalar rochas áridas em respeito,
Ao cume alcançar sol com dureza.

Penar lágrimas de dor que brotam;
As sólidas armaduras desmoronam,
Restando somente a riqueza d’alma.

Os nomes com orgulho se cravam
Nas páginas recortadas, ressoam,
No futuro eterno brilha a chama.

05/09/2007