domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sofrida









Mar que revolteias os pensamentos
Cobertos de lágrimas meus cabelos
Que ondeiam em lamentos
Pela dita mágoa em novelos.

Entrelaçados em espiral cobertos
Estonteias a boca em degelos
Da fortuna privada em ventos
Assobiam aos felizes ângelos.

E te aparta a vida em rebentos
Ainda em construção, alelos
Um ser quebrado em elementos
Batido por mil sincelos.

Jazida, rodeada de infectos
Que de zumbidos desejas fundi-los
Para que num sopro mortos
Nasça vida em milagres singelos.


01/02/2009

Errante










Adormecida na criancice
Sonhos que adoçaram vontades
Todo possível na vã planície
Coroando felizes beldades.

Caminhava serena e crente
No ar árido sem atrito
Caí em poço indistinto
Em espera pelo herói valente.

Anos de perdição temente
Causa tamanho lamento
Que do maior sofrimento
Foi erro em paga crente.

Solidão que sempre amanhece
Encontrei-me nas piores sujidades
Que corrompem as espécies
Nas inadaptadas realidades.


01/02/2009

Rosa









Rosa sem espinhos
Que apoderaste meu ser
Por tão longos momentos
Para logo depois perder.

Como do teu cheiro
Em perfeitas formas
Não te equiparo
Às minhas vitórias.

Que em cumes pequenos
Despertaram um viver
Que sem requintes belos
Pulsionaram a percorrer.

Preferindo os carreiros
Doce aroma encontras
Flor de valores caros
Gentil quebra barreiras.

01/02/2009