sexta-feira, 21 de março de 2008

Inocência de Amor Infantil

Querer um dia dizer-te abertamente o quanto gosto e te admiro é um dos meus sonhos mais desejados. Gosto de ti, adoro-te, amo-te por teres dado um novo sentido à minha vida; modificaste o meu ser e a minha alma.
Autrora fora uma moça sozinha, com falta de amor próprio, com uma tristeza acorrentada ao meu coração. Fui Inverno, deserto árido, isolado e desabitado. Andava vagueando pela árdua vida; vida escura, sombria e fria; uma vida sem sentido, sem um intento, um motivo de luta.
És para mim o amor por mim tão desejado, a prisão triunfante e leda, és o Sol que iluminou os meus sombrios dias e trouxeste a Primavera ao meu coração. Devo-te a minha alegria, os meus suspiros, o meu consolo nocturno, a minha vida! És a lua cintilante e enternecedora que me contempla e protege. És o meu néctar: deixa-me saborear o teu doce coração, navegar até ao além e perder-me no conforto divino do teu corpo. Deixa-me mergulhar na profundeza do teu olhar celeste e inigualável! Dá-me a tua vida!
Por ti enfrento o mais medonho tormento e venço os mais macabros pesadelos. Lutarei por te roubar o coração e sabê-lo-ei guardar por entre as minhas jóias, como de uma relíquia se tratasse. O meu coração carente, o meu rosto infantil e ainda puro de carícias deseja o teu tacto, o meu corpo necessita do teu para se completar, as minhas mãos necessitam de força e protecção.
Quantos sonhos já me abalaram o pensamento, me fizeram pulsar quando em ti penso junto a mim, no conforto e contemplação do Sol detentor. Quantas lágrimas derramadas por um outro alguém, foram activadas pelo sofrimento de não te ter junto a mim; quantos suspiros prolongados quando no meu pensamento sobrevoava a imagem de teu belo semblante; quanta agonia de mais um dia passado sem ter podido sentir o calor e a maciez das tuas mãos; tantas loucuras idealizadas sem nunca, no entanto, terem passado do patamar de simples desejos vencidos pelo poder constante e permanente da timidez e da falta de confiança própria; quanto o desejo de te poder dizer que és a razão da minha vida e que de ti sinto um amor profundo, que de dia para dia se torna cada vez mais insuportável e sufocante. Dá-me oxigénio para viver; dá-me o teu Amor!
Sonhar contigo num cenário de amor e harmonia, sonhar as carícias, os sorrisos, a paz, a pureza de alma… abalam-me e enriquecem o meu sono profundo, noite após noite…
E pensar nas nossas características e semelhanças, na tua e na minha maneira de ser, nas personalidades complementares, sugerem a ideia de que o acto de Amar se assemelha a uma construção de um puzzle, em que cada peça se pode unir a uma outra de forma correspondente. Assim quero unir-me a ti, como peça de um puzzle e manter-me em teu contacto e proximidade todos os anos, segundos e seus múltiplos… toda a minha vida.
És o meu intento, o fogo apaziguador, calmo e fresco, és a tempestade restabelecedora, um eclipse luminoso, um vezúvio árido, o vulcão renascente, a metamorfose mais sedutora.
ÉS O UNIVERSO DE PROFUNDA LOUCURA!




(2001)

Um comentário:

Anônimo disse...

A-D-O-R-E-I-!!!
muito bom!!
parabéns mesmo!!!

bjssss.