segunda-feira, 9 de julho de 2007

Só Você!










Pelos desígnios do fado aclamar,
Mil primaveras de uma alma desolada
Enfim, nos teus olhos bem aventurada,
Para deles impossível apartar.

Saberá Deus tamanha saudade
Que do mor sentimento acresce,
Quando de ti nem o tom conhece,
Em tudo subtrai musicalidade.

Pois que da mais pura platonia,
Toda a ambição se subjaz,
Boca cerrada ao silêncio fogaz,
Se teu gesto intermitente me alumia.

08/07/2007

2 comentários:

Antonio Mascarenhas disse...

Fofinha!

Que poemas tão belos! Ando babado... tens mostrado aqui imenso talento. Infelizmente continuo sem palavras, e vou mesmo levar com o calhamaço em cima!

Continua sempre a mostrar a beleza da tua alma com as tuas palavras. Contudo nenhuma palavra se consegue aproximar da tua beleza. Não há palavras para isso. Apenas se apróximam escassamente!

Muitos bjinhos

Tony.

Clara Balsemão disse...

Apesar de todos os teus poemas e textos terem obviamente um carácter muito pessoal, eu identifico-me com alguns dos sentimentos e pensamentos que deles transparecem.
Gostei de todos eles, mas especialmente do "Só", do "Mãe" e do "Em busca da felicidade". Penso que são temas sensiveis a qualquer ser humano, pois expressam emoções fortes e descrevem situações que nos são familiares.
Como deves saber, estou longe de ser um "crítico literário" ou um "homem das letras", mas só te posso dizer que gostei de ler o que li e não consegui ficar indiferente ao que li, o que é bom sinal.
Continua a escrever, pois tens muito talento.
Beijos do teu amigo Ricardo Freitas