sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ouve-me


Incansável bati
E aguardei, paciente
Aquele ouvido que insisti
Do cego ausente.

Gritei depois no urgente
Toda a esperança incuti
Coberta de contente
A todos menti.

Com a lágrima competi
No medo da noite
E fracassada, desisti
Do doce horizonte.

Sobejou o incoerente
Da verdade que investi
Enfim em exponente
Para o amanhã indiferente.

02/06/2010

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