domingo, 20 de janeiro de 2013

Elisabete


Quando a incerteza de novas paragens, que a vida te conduz, te faz precipitar diante de um desconhecido temer, nada melhor que reparar que, embora sozinha, há quem mantém diante de ti um olhar atento e preocupado que te faz preencher o vazio da solidão.
Quando, imersa diante de tempestades, de um ambiente deprimente e enlouquecido com gritos e terror, te faz sentir inútil e desadequada, nada melhor que ter as palavras de entendimento igual, de compreensão de uma mesma realidade, o reflexo do mesmo sentir, o espelhar das mesmas desgraças.
Quando, nas alegrias que nos congratulam a existência e nos fazem desejar abraçar toda a dimensão da nossa sensibilidade e do nosso poder consequente sobre todas as coisas, eis que aquele sorriso genuíno te envolve numa mesma alegria compartilhada que te faz renascer para novos horizontes, novas esperanças.
Quando, perante o desespero, a tristeza, os poços sem fundo te sufocam e te fazem crer que nada, afinal, tem valor e que toda a luta é inglória, há quem, do alto do seu entendimento maior, te faz acreditar que a desistência não é solução, que nascem flores num campo de batalha devastado pela destruição e que nada, por mais que doa, é sinónimo de fim.
E nestes quatro momentos que, afinal, somam aquilo que é a vida e os seus contornos desconhecidos, sempre cobertos pela novidade, ora doce, ora amarga, nos fazem balançar entre dois pólos tão flutuantes que estremecem, abalam e te fazem questionar da completude do teu ser, algo permanece intacto: a Amizade.
E dentro daquilo que é a Amizade, mundos infindáveis se abrem perante a heterogeneidade, daquele que dá, daquele que recebe, daquele que está presente ou ausente, numa variância entre o “mais” e o “menos”, o “mais forte” e o “mais fraco”, o “mais significativo” e o “menos significativo”.
Como te definir, no conjunto daquilo que é o desvalor social e a ingratidão de todos, o autocentramento e o egoísmo dos que, rara vez, se dão ao cuidado da entrega ao outro? – UMA RARRÍSSIMA RELÍQUIA, um diamante humano!!! E, que sorte maior podia almejar em ter-te por perto, ter a boa aventurança de a minha vida se encaminhar em cruzamento com a tua e construir um sólido cordão de aliança mútua, de entrega e cuidado semelhante, já que, ao te ver tão terna aos meus olhos, procuro, por mais que posso, uma igual retribuição.
Que jamais, circunstância alguma, nos faça distantes uma da outra, já que és importante de mais para permitir um afastamento… e, caso a vida assim o exija, que jamais, em tempos e lugares diversos, sinta um enfraquecimento da tua presença, da nossa união, da construção destes tempos presentes, que tão firmemente nos juntou num eterno sentimento de bem-querer.
Obrigada por tudo!!!
Parabéns a Ti!

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